Se o tempo consumisse a velha estrada dos meus olhos
Saberei de certeza que percorri a distância dos meus olhos
Teria eu me emaranhado nos laços da vida
Vivido amistosamente... enfrentado as trilhas desconhecidas com coragem e gratidão...
Tornado a vida o intenso,
Se o tempo consumisse aquela velha estrada
O silêncio em meu semblance,
Ditaria o quão intenso,
E com qual intensidade foram os abraços daquela época
O quão inocente foram... os tempos em que dançava-se na chuva
Hoje tanto chove que as ruas da inocência andam encharcadas
Se o tempo consumisse a aquela velha estrada,
Não haveria um resquicio dela que não testemunhasse dos meus erros,
Nem erros meus que não testemunhassem o meu crescimento
Quanto ao silêncio a ele peguei o preço,
Enquanto o tempo consumia aquela bela estrada
Enquanto a estrada consumir-se diante dos meus olhos
O tempo saberá que eu tivera amado...
Tanto amei que não sobrara migalhas que se desse aos pobres
Mas pobres foram os amores que já amei
Versei a vida como se fossem linhas,
Para estender as palavras molhadas
Paragrafos como um recomeço, das palavras encalhadas
Se o tempo consumir a aquela velha estrada,
Terei colecionado arrependimentos em meu guarda fato, que usarei de tempos em tempos,
Talvez em algumas ocasiões especiais
Se o tempo consumir...
Saber-se-a que fui um soldado, que tive os meus dias de guerra, e também soube saborear a paz que ao longo do tempo me foi servido a mesa.
Hoje trinco o silêncio como sobremesa
Não voltaria no tempo...
Porém visitaria aquela velha estrada com frequência
Pois nela ainda há fragrância dos meus sonhos, um resquicio dos meus medos,
Traços da dignidade humana...
Certificar-me-ei que ao longo da estrada fizera as coisas por mim e pelo meu bem estar
Por fim tomarei esté cálice...
__G.C
VÃdeo
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