O que vocĂȘ quer da vida?

 


Fiquei na dĂșvida sobre qual dos meus eu responderia (minha alma, meu corpo ou espĂ­rito). 

A quem direcionarei essa pergunta? 

A alma Ă© eterna, mas se a alma Ă© a essĂȘncia imutĂĄvel, qual serĂĄ seu desejo? Ela anseia por serenidade ou por uma eternidade de paz?

O corpo, por outro lado, busca a experiĂȘncia imediata, a textura do mundo tangĂ­vel, a sensação do sol no rosto e o toque da grama sob os pĂ©s. Mas o espĂ­rito, esse viajante entre os reinos do visĂ­vel e do invisĂ­vel, procura a verdade, a conexĂŁo profunda e o sentido do sublime.

Se eu perguntasse a minha alma seria como buscar um eco nas cavernas da eternidade; ela responderia com a sabedoria de eras, tal como a legitimidade de uma promessa continua que transcendece a existĂȘncia. Perguntar ao corpo seria como ouvir o ritmo pulsante da vida, com seus anseios palpĂĄveis e desejos carnais, respondendo com a urgĂȘncia do agora e a plenitude do presente.

E o espírito? Ah, o espírito fala de visÔes e inspiraçÔes, de jornadas metafísicas e busca por uma harmonia cósmica. Ele não conhece limitaçÔes, mas vive em um espaço onde o tempo se curva e as verdades são fluidas.

EntĂŁo, quando faço a pergunta "O que vocĂȘ quer da vida?", Ă© como se estivesse lançando um feixe de luz sobre os trĂȘs, tentando iluminar a interseção entre o eterno e o efĂȘmero, entre o material e o imaterial. Cada parte de mim responde com uma voz distinta, cada uma com seus prĂłprios sonhos e esperanças.

A resposta nĂŁo Ă© simples, mas Ă© a vibração entre esses aspectos que define a vida que buscamos. É a harmonia entre o desejo eterno da alma, a urgĂȘncia do corpo e a aspiração do espĂ­rito que me guia na jornada complexa da minha existĂȘncia.

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